A cultura e a mídia infelizmente fornecem apoio para estes distúrbios. Estudos feitos nas Ilhas Fiji em 1995 revelaram que o corpo ideal feminino era ?gordinho?, arredondado. Depois de trinta e oito meses de um seriado norte-americano além de outros shows na TV, houve lá uma mudança no modelo ideal de corpo de mulher, surgindo muitos casos de garotas adolescentes com sérias desordens alimentares.
Estudo na revista Health mostrou que 32% das mulheres norte-americanas que aparecem na TV estão abaixo do peso, comparadas com somente 5% da população feminina nos Estados Unidos. Além disso, somente 3% das mulheres que aparecem na TV são obesas, comparadas com 25% da realidade feminina norte-americana.
Fatores desencadeadores dos transtornos alimentares são: mudanças importantes na vida como a adolescência, mudança de cidade, formatura, início da Universidade, começar um novo trabalho, morte, divórcio, casamento, problemas familiares, quebra de algum relacionamento importante, etc. Entretanto, o início destes transtornos não ocorre necessariamente com algo dramático. Algumas pessoas são predispostas e mediante um simples comentário de alguém sobre a imagem corporal delas pode levá-las a pegar aquilo seriamente e começar a ficar obsessiva com o assunto. Fatores desencadeadores pegam a pessoa fragilizada que se sente incapaz de lidar bem com o evento.
Meninas precisam sentir-se amadas e aceitas por seus pais. Quando um pai não manifesta amor e elogios pelo que a filha é como pessoa e enfatiza o valor dela quando ela perde algum peso, isto pode desencadear nela um distúrbio alimentar.
Crianças podem ser protegidas destes distúrbios quando há afetividade na família, quando se evitam extremos quanto à alimentação. Uma educadora disse: ?A reforma de saúde torna-se a deformação da saúde, destruidora da saúde, quando levada a extremos.? (Ellen G. White, Conselhos Sobre o Regime Alimentar, 202) e ?Os que entendem as leis da saúde e são governados por princípios, fugirão dos extremos, tanto da condescendência como da restrição.? (idem, p.198).
Deve-se ensinar aos filhos desde pequenos que eles são de muito valor, amados incondicionalmente e aceitos como são pelo Deus Criador. Isto ajuda a criar o amor-próprio adequado neles.
Desordens alimentares devem ser tratadas por equipe multiprofissional envolvendo psiquiatra, psicólogo clínico, nutricionista, médico clínico e endocrinologista, assistente social, enfermagem.
Se você conhece alguém com este transtorno, procure ajudar. O que você pode fazer? Fale com a pessoa que ela tem um problema sério. Ela vai negar porque estas são doenças da negação e do segredo, mas insista com gentileza, firmeza e persistência para a pessoa reconhecer a doença e aceitar tratamento. Ela não vai admitir facilmente. Evite falar dos maus hábitos alimentares da pessoa e em lugar disto converse sobre como ela pode estar se sentindo infeliz e sobre as possíveis causas de tudo isto ocorrer. Focalize a conversa em como a coisa pode ser mudada. Explique que a obsessão com alimentos, exercícios, peso corporal, não tem que seguir assim e é um problema real.
Um anoréxico ou bulímico dificilmente superará a doença sozinho, sem ajuda. Precisa de ajuda externa. A recuperação envolve admitir a doença, pedir ajuda, estar disposto a ser vulnerável e abrir-se para pessoas que poderão ajudar.
A sociedade pressiona-nos para perder peso, ficar elegantes, não importando o preço a pagar. A mídia força modelos físicos de atores e atrizes como os ideais, cheios de padrões irrealísticos. Porém, Jesus disse: ?... que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?? Mateus 16:26. Paulo, o apóstolo nos diz: ?E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento (mente), para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.? Romanos 12:2.
O amor divino por nós é incondicional: ?Mas Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.? Romanos 5:8.
Que modelo você segue?